08h27

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247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu guerra contra a Operação Lava Jato: o ministro Alexandre de Moraes autorizou dez operações de busca e apreensão em seis estados do país. Na mira, computadores, telefones e documentos. Militares da reserva que pregaram o fechamento do STF e alguns procuradores foram chamados a prestar depoimento. Segundo a jornalista Daniela Lima, na coluna Painel, "investigadores que acusaram o STF de pactuar com a corrupção serão ouvidos".

A Corte também ordenou buscas na casa do general da reserva do Exército brasileiro Paulo Chagas, cogitado como companheiro de chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Foi candidato derrotado ao governo do Distrito Federal pelo PRP, com apoio de Bolsonaro.

"Caros amigos, acabo de ser honrado com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandato de busca e apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes. Quanta honra! Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebe-los pessoalmente", disse (veja aqui).

A ação acontece na esteira da decisão do ministro do STF que censurou reportagem do site O Antagonista e da revista Crusoé, de extrema direita, ligada à Lava Jato, que postaram uma reportagem que trazia um codinome "O amigo do amigo de meu pai" que, segundo as publicações, seriam usados pela Odebrecht para se referir ao presidente da Corte, Dias Toffoli.

Procuradores que tiveram contato com o documento da Odebrecht que cita o presidente do STF, Dias Toffoli,serão ouvidos. "Ministros dizem que é preciso entender 1) o timing da provocação que levou à menção e 2) o vazamento e suas motivações", escreve Daniela Lima.

Com as ações, o STF declara guerra à Lava Jato, com desdobramentos imprevisíveis para a relação da Corte com o governo Bolsonaro, especialmente Sérgio Moro, e o ativismo judicial da extrema-direita no país. 

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/390341/STF-declara-guerra-%C3%A0-Lava-Jato.htm

PADILHA DIZ QUE PROJETO DE MORO FAVORECE MILÍCIAS LIGADAS A BOLSONARO

05h47

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247 – O cineasta José Padilha, diretor de Tropa de Elite, desferiu um duro golpe contra o ministro Sergio Moro, em artigo publicado nesta terça-feira, ao dizer que seu pacote de segurança pública estimula o crescimento das milícias, que, por sua vez, são ligadas ao clã Bolsonaro. "Sergio Moro finge não saber o que é milícia porque perdeu sua independência e hoje trabalha para a família Bolsonaro. Flávio Bolsonaro não foi o senador mais votado em 74 das 76 seções eleitorais de Rio das Pedras por acaso...", afirma.

Segundo Padilha, o pacote anticrime que Sergio Moro enviou ao Congresso "é um pacote pró-milícia, posto que facilita a violência policial". Ele lembra ainda que, apenas no Rio de Janeiro, a cada seis horas, policiais em serviço matam alguém e que apenas 2% dos casos são denunciados à Justiça e poucos chegam ao Tribunal do Júri.

"Aprovado o pacote anticrime de Sergio Moro, esse número vai tender a zero. Isso porque o pacote prevê que, para justificar legitima defesa, bastará que o policial diga que estava sob 'medo, surpresa ou violenta emoção'", diz ele.

Padilha diz ainda que "é obvio que o pacote anticrime de Moro vai estimular a violência policial, o crescimento das milícias e sua influência política". Por fim, ele afirma que o ex-juiz é uma espécie de "antiFalcone", referindo-se ao juiz italiano que conduziu a Operação Mãos Limpas e foi assassinado pela máfia. "Seu pacote anticorrupção é, também, um pacote pró-máfia", diz Padilha.

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/cultura/390323/Padilha-diz-que-projeto-de-Moro-favorece-mil%C3%ADcias-ligadas-a-Bolsonaro.htm