16/maio/2018

Homilia remete a acusações contra Jesus e apóstolos após ‘instrumentalização do povo’

Em uma homilia na qual tratou do assunto da unidade, o papa Francisco criticou nesta quinta-feira (17) o papel da mídia em difamar pessoas públicas a ponto de levar a um “golpe de Estado”, afirmou a agência de notícias do Vaticano.

Francisco citou o exemplo de Jesus, que no Domingo de Ramos foi recebido em Jerusalém com aclamações de “Bendito o que vem em nome do Senhor”, mas, na sexta-feira seguinte, as mesmas pessoas gritaram “Crucifiquem-no”.

“Essa instrumentalização do povo é também um desprezo pelo povo, porque o transforma em massa. É um elemento que se repete com frequência, desde os primeiros tempos até hoje”, disse o pontífice, segundo o Vatican News. “O que aconteceu? Fizeram uma lavagem cerebral e mudaram as coisas. E transformaram o povo em massa, que destrói.”

Com base na leitura do dia, do livro dos Atos dos Apóstolos, o papa comentou que a união de fariseus e saduceus contra Paulo era uma “falsa unidade”, pois, como o apóstolo, os fariseus acreditavam na ressurreição, enquanto os saduceus, não. Porque “era sagaz”, Paulo expôs a divisão e quebrou essa falsa unidade, e a assembleia que o condenava se dividiu.

“Criam-se condições obscuras para condenar uma pessoa”, disse o papa, ainda segundo o Vatican News, acrescentando que esse método é muito usado hoje também “na vida civil, na vida política, quando se quer fazer um golpe de Estado”.

A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas”. Depois chega a justiça, “as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”.

Francisco comparou essa ação à perseguição nas arenas, quando a multidão gritava para ver lutas entre mártires ou gladiadores.

Não é a primeira vez que o papa faz críticas à imprensa. Em janeiro, ele condenou o “mal” das fake news (notícias falsas), dizendo que jornalistas e usuários de redes sociais devem rejeitar e desmascarar “táticas de serpente” manipuladoras que fomentam a divisão para servir a interesses políticos e econômicos.

Notícias falsas são um sinal de atitudes intolerantes e hipersensíveis e levam apenas a difusão de arrogância e ódio. Esse é o resultado final da mentira”, disse Francisco, no primeiro documento do papa sobre o assunto, em que pede um retorno da “dignidade do jornalismo”.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/05/papa-francisco-acusa-midia-de-difamacao-que-fomenta-golpes-de-estado.shtml

 

Wadih: Lula pede à militância que, no dia 27, faça o lançamento da pré-candidatura dele em todo País

21/maio/2018 ás 14:54

wadih

Da Assessoria de Imprensa  de Wadih Damous

 

Após visitar hoje (21/05), pela manhã, o ex-presidente Lula na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba, na condição de seu advogado, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) falou com a imprensa e .

Wadih retransmitiu o recado que ele mandou para militância;

“O presidente Lula me pediu que enfatizasse a todos, aos militantes do PT sobretudo, que no dia 27 de maio, em todo o Brasil, vai ser muito importante que, em cada cidade brasileira onde o PT está organizado, que se faça o lançamento da pré-candidatura dele.

Pouco importa se, em cada ato tenha 10 pessoas, tenha 5 pessoas, tenha 500 pessoas. O importante é o somatório em todo o Brasil de cada um desses atos, para deixar claro que o presidente Lula é o nosso candidato a presidente da República”. 

O relato foi feito por meio de um megafone para falar aos militantes do Acampamento Marisa Letícia, nos arredores da sede da PF.

Segundo o parlamentar, o presidente Lula está bem. “Tá bem abrigado, tá bem agasalhado, tem praticado exercícios, tá bem humorado, agora é claro que ele tá indignado com essa perseguição que se abate sobre ele, todos os dias, por parte do Judiciário brasileiro”, pontuou.

Para o advogado a indignação do presidente é pelo fato de que eles foram muito rápidos em condenar, mas os recursos que o presidente Lula interpôs para o STJ e STF, “esses não andam, ficam engavetados lá no TRF-4. Então ele manifesta a sua indignação com o fato do Judiciário continuar perseguindo e continuar prejudicando a sua tentativa de se defender e mostrar que é inocente”, explicou.

Sobre a questão de possível indulto, Lula afirmou “que não quer saber de indulto, mas, sim, do reconhecimento da sua inocência. Quer que seja demonstrado que esse processo não passou de um ato de perseguição política e quer ver a sua inocência provada e declarada”.

Damous disse ainda que Lula está lendo muito, “continua refletindo sobre as coisas do Brasil, muito preocupado com o país em que a escalada de ódio e intolerância vêm se afirmando e deixou claro que será candidato pelo Partido dos Trabalhadores e quer ver o seu direito de concorrer, já que ele é o preferido da grande maioria do povo brasileiro”.

Por fim, o advogado advertiu que, se Lula não puder se candidatar “vai se tratar de mais um atentado à Constituição dos muitos que o Poder Judiciário tem praticado nos últimos tempos. Então, Lula reafirma a sua inocência e reafirma a sua vontade inabalável de ser candidato à presidência da República”, concluiu.

Fonte: https://www.viomundo.com.br/politica/wadih-lula-pede-a-militancia-que-no-dia-27-faca-o-lancamento-da-pre-candidatura-dele-em-todo-pais.html

 

ONU confirma que está formalmente investigando violações contra Lula e alerta autoridades brasileiras sobre qualquer ação que possa comprometer julgamento.

por Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, por e-mail

22/Maio/2018 ás 14:54

lula

Recebemos hoje (22/05) do Comitê de Direitos Humanos da ONU, com satisfação, decisão que confirma que o órgão internacional está formalmente investigando as violações contra garantias fundamentais do ex-presidente Lula que apresentamos em comunicado individual protocolado em julho de 2016.

A admissibilidade do comunicado e o mérito serão julgados conjuntamente.

Trata-se do primeiro comunicado individual feito por um brasileiro àquele órgão internacional.

O Comitê também admitiu julgar o caso à luz do artigo 25 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, que assegura a todo cidadão a possibilidade de participar “sem restrições infundadas” o direito de “votar e ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário por voto secreto, que garantam a manifestação da vontade dos eleitores”, diante de aditamento que apresentamos em 06/04/2018.

O governo brasileiro terá 6 meses para apresentar defesa sobre o mérito do comunicado.

Na peça protocolada em julho de 2016, foram listadas diversas violações ao Pacto de Direitos Políticos e Civis, adotado pela ONU, praticadas pelo juiz e pelos procuradores da Operação Lava-Jato de Curitiba contra Lula, seus familiares e advogados.

 

Esse Pacto prevê, dentre outras coisas:

(a) proteção contra prisão ou detenção arbitrária (Artigo 9º);

(b) direito de ser presumido inocente até que se prove a culpa na forma da lei (Artigo 14);

(c) proteção contra interferências arbitrárias ou ilegais na privacidade, família, lar ou correspondência e contra ofensas ilegais à honra e à reputação (Artigo 17); e, ainda,

(d) do direito a um julgamento independente e imparcial (Artigo 14).

 

As evidências apresentadas no comunicado se reportam, dentre outras coisas:

(i) à privação da liberdade por cerca de 6 horas imposta a Lula em 4 de março de 2016, por meio de uma condução coercitiva sem previsão legal;

(ii) ao vazamento de materiais sigilosos para a imprensa e à divulgação de ligações interceptadas, inclusive entre Lula e seus advogados;

(iii) a diversas medidas cautelares autorizadas injustificadamente; e, ainda,

(iv) ao fato de o juiz Sergio Moro haver assumido em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal, em 29/03/2016, o papel de acusador, imputando crimes a Lula por doze vezes, além de antecipar juízo de valor sobre assuntos pendentes de julgamento na

13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba.

O Comitê de Direitos Humanos da ONU também decidiu que por ora não irá conceder uma medida liminar em favor de Lula, tal como requerido em 06/04, mas alertou as autoridades brasileiras de que é incompatível com as obrigações assumidas pelo Brasil no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos qualquer ato de obstrução “que impeça ou frustre a análise pelo Comitê [da ONU] de um comunicado alegando violação ao Tratado, ou que afirme que a expressão dos entendimentos do Comité é frívola e fútil”.

Fonte: http://www.planetaosasco.com/ultimas-noticias/66046-onu-confirma-que-investiga-violaoes-contra-lula